Brasileiro de Parapente – Prova 7

Depois de a prova 4 ser validada pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), a tabela do Campeonato Brasileiro de Parapente voltou a embaralhar as primeiras colocações e botou mais fogo para a última prova que aconteceu nesse sábado.

De manhã, Vinicius Matuk, juíz geral da competição, disse em uma entrevista à nossa equipe que as condições estariam com um vento mais fraco, teto mais alto e com térmicas fortes, o que aparentava ser a melhor condição da semana, mas mesmo assim resolveram montar uma prova mais curta, de 72.8km. Em compensação, a última “perna” dessa prova seria de 24.6km rumo ao norte, pegando um vento contra.

A prova se iniciou às 12h35 com os pilotos acelerando com tudo na primeira “perna” de 16.9km, aproveitando um vento de cauda, rumo ao primeiro pilão. E não demorou muito para os pilotos que estão brigando pela etapa começarem a puxar um pouco mais à frente do grande pelotão que se formou no start. Próximo dos 10 primeiros minutos de prova, Gilmar Couto e Samuel Nascimento, que estavam um pouco à frente, começaram a tirar para a direita da otimizada em direção à Era Nova, seguidos de perto por Rafael Saladini, Erico Oliveira, Caio Buzzarello, Ivan Haas e Marcella Uchoa. Cristiano Ricci, por outro lado, preferiu se aventurar sozinho na otimizada com uma altura confortável de 1.000 metros do solo, mas não demorou muito para o pelotão, com Rafael Saladini puxando, resolver voltar para a otimizada depois de não conseguirem render muito em Era Nova para encostar no Cristiano que já estava subindo 3 metros por segundo em uma térmica na otimizada, enquanto Rafael Barros e Walter Filho decidiram manter à direita e descer em direção à cidade de Alpercata.

Após bater o primeiro pilão com 20 minutos de prova, Cristiano sem perder tempo disparou para a segunda “perna” de 14.7km ainda na direção Sul, só parando pra enroscar quando chegou a 800 metros do solo. O pelotão atrás conseguiu rapidamente chegar ao seu encontro, mas dessa vez com a mesma altitude, já que conseguiram render melhor na borda do primeiro pilão. Mesmo assim chegando a 1.100 metros do solo, Cristiano resolveu tirar na frente para computar mais alguns pontos de liderança.

Na térmica seguinte, porém, Cristiano não conseguiu render tanto quanto os outros pilotos do pelotão, fazendo com que Samuel Nascimento, seguido de Rafael Saladini, Caio Buzzarello e Erico Oliveira ficassem 200 metros mais alto. No pelotão um pouco mais atrasado, vinha Rafael Barros, Marcella Uchoa, Luciano Horn e Túlio Subirá. Gilmar Couto vinha puxando um pelotão mais à esquerda da otimizada com Ronnie koerich e Deonir Spancerski.

Com aproximadamente 1 hora de prova, no meio da terceira “perna” de 9.9 km que seguia na direção Oeste, Samuel Nascimento, Rafael Saladini, Erico Oliveira e Caio Buzzarello conseguiram passar Cristiano Ricci que vinha liderando, mas sempre um pouco mais baixo. À direita da otimizada, Gilmar Couto resolveu se arriscar e abrir ainda mais para a direita, fazendo com que o primeiro pelotão batesse o pilão com 3 minutos de vantagem, que sem perder tempo disparou para a última perna seguindo mais à direita da otimizada enroscando em uma termal de 3/4 metros por segundo. Gilmar Couto, no entanto, após bater o pilão, manteve à esquerda da otimizada e enroscou em uma termal de 2 metros por segundo. 

Cristiano Ricci conseguiu alcançar o pelotão, mas resolveu tirar novamente mais baixo com 1.000 metros do solo. Logo em seguida o pelotão que já chegava a 1.600 do solo, disparou para cima de Cristiano. 
Percebendo a ação do pelotão, Gilmar Couto resolveu tirar com 1.200 metros do solo, porém conseguiu pegar um linha sensacional e seguiu em direção ao pelotão ganhando altitude de até 3 metros por segundo em uma “cloud street”.

O segundo pelotão com Rafael Barros, Marcella Uchoa e Luciano Horn enroscaram na mesma termal onde estava Gilmar Couto, mas não rendeu muito, então tiveram que recuar novamente para a borda o pilão para enroscar em uma térmica melhor.

Daí pra frente se definiu o pelotão que iria acelerar brigando por posições até o gol. Rafael Saladini, Caio Buzzarello, Erico Oliveira, Cristiano Ricci, Samuel Nascimento e Gilmar Couto.

Faltando cerca de 10km para o gol, Rafael Saladini e Samuel Nascimento resolveram tirar mais para a direita para voar no relevo. Mesmo com o pelotão passando e ficando bem à frente, Saladini e Cristiano conseguiram subir muito e tiraram em uma linha muito boa sem perder altitude, conseguindo acelerar o suficiente para chegar novamente no pelotão com a mesma altura. Caio Buzzarello tomou a liderança e chegou a abrir 200 metros do pelotão, mas começou a perder muita altitude na acelerada, enquanto o pelotão vinha em uma linha muito melhor voando pelo relevo.

Nos últimos metros de prova, Rafael Saladini mostrou todo o seu poder de aceleração e passou Caio Buzzarello e seguiu direto para o Gol, cruzando em primeiro lugar e deixando Caio em segundo. Logo atrás veio Erico Oliveira em terceiro.

Rafael Barros, que brigava pela liderança da etapa, chegou em décimo lugar, o que Samuel Nascimento em quarto, Gilmar Couto em quinto e Marcella Uchoa em sexto. Rafael Barros, que estava em segundo lugar no ranking geral da Etapa chegou em décimo lugar, o que acabou custando uma posição e ficou em terceiro no geral. Marcella Uchoa chegou em sexto lugar na prova e finalizou a etapa pegando pódio em quinto lugar.

Gilmar Couto chegou em quinto lugar na prova e garantiu o primeiro lugar na Etapa, confirmando o favoritismo em Governador Valadares.

Confira abaixo como ficou o Ranking dos 10 primeiros da etapa:

	NOME	EQUIPE	PONTOS
1	Gilmar Couto	Equipe CPVL	5167
2	Erico Oliveira	Niviuk Brasil	5129
3	Rafael Barros	Niviuk Brasil	5122
4	Luciano Horn	Ozone BR	5121
5	Marcella Uchoa	Equipe CPVL	5063
6	Caio Buzzarello	CXMAX	5054
7	Rafael Saladini	OZONE	4998
8	Walter Filho	Equipe CPVL	4953
9	Gilberto Raposo	Equipe CPVL	4928
10	Deonir Spancerski	Equipe PR	4902

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